domingo, 28 de agosto de 2016

Casas dos Países se despedem deixando legado.

A Olimpíada do Rio foi o sucesso que nunca duvidamos por nem um segundo, conforme nosso post antes da competição. Mostramos mais uma vez nossa capacidade de organização, superação e acolhimento. Foi fantástica, única, inesquecível! 


Infelizmente, tudo tem seu fim e a Rio 2016 se foi, deixando junto com uma saudade imensa, o gratificante sentimento de dever cumprido. Além de marcar a história da cidade para sempre em nossas memórias e corações, a Olimpíada deixará entre outros legados, diversos benefícios sociais gerados pelas queridas “Casas dos Países” - grande sucesso de público durante a competição. A lista de benefícios para cidade inclui desde reformas em creches, escolas e quadras até doação de bicicletas e maquete gigante do Rio.

A Casa da Suíça, talvez a de maior sucesso entre todas, vai entregar até novembro uma quadra de beisebol montada na Lagoa Rodrigo de Freitas, com 4,1 mil metros quadrados e vista para o Morro Dois Irmãos. O comitê suíço ainda vai financiar a contratação de professores para dar aulas de beisebol às cerca de 130 crianças do projeto ‘Baseball Escolar’, que funciona em escolas públicas da Zona Norte. 


Nossos algozes mas queridos alemãs, que montaram a Casa da Alemanha numa mega estrutura na Praia do Leblon, deixarão como legado a reforma de parte da Escola Municipal Marília de Dirceu, em Ipanema. Serão construídas quadras poliesportivas e instaladas rampas de acessibilidades, além da reforma do piso no refeitório.


A Casa Itália também entregou uma quadra de futebol na Escola Municipal Alphonsus de Guimarães, na Cidade de Deus, e reformou uma das creches mais antigas da Rocinha, a Ação Social Padre Anchieta, que atende atualmente 175 crianças. O espaço teve diversas áreas reformadas, ganhou brinquedoteca e horta.


Outro grande sucesso, a Casa do Qatar, em Botafogo, que funcionou na antiga Casa Daros vai financiar a construção de uma biblioteca no local e doar todo o valor arrecadado com a bilheteria para a ONG Futuro Olímpico, do medalhista Arnaldo Oliveira. Também selecionou dez esportistas para treinar durante um mês em seu país. 


Já os dinamarqueses, que montaram sua casa em Ipanema, vão doar 65 bicicletas à Guarda Municipal. No início do mês, a princesa Mary da Dinamarca entregou o primeiro dos 5.180 kits da Lego, que serão distribuídos pelos Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) da prefeitura. E a maquete do Rio feita com quase 1 milhão de tijolinhos, que está no Boulevard Olímpico, será levada para o Museu Histórico da Cidade, na Gávea.


Algumas dessas Casas continuarão funcionando até o final das Paraolimpíadas, em 18 de setembro. Última chance para revivermos essa emoção singular.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Somos ou não somos? Eis a questão.

Nesses dias que antecedem a Rio2016, muito se fala, injustamente, sobre a nossa incapacidade de realizar grandes eventos internacionais. Para citarmos somente alguns mega eventos aqui realizados com excelência, lembramos da ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada com a presença dos chefes de estado dos países que integram a ONU. Citamos também a realização da Copa do Mundo de Futebol, realizada em 2014 e considerada por muitos especialistas como a “Copa das Copas”. E há exatos três anos, estávamos finalizando com maestria a realização da Jornada Mundial da Juventude, também na cidade do Rio de Janeiro.


Entre outros números faraônicos, o evento contou com mais de 3 milhões e meio de pessoas na Praia de Copacabana, no dia de encerramento, entre cariocas e peregrinos do Brasil e exterior. Ao longo daquela semana, as ruas da Zona Sul da Cidade receberam 9 milhões de pessoas para ver o Papa Francisco, segundo a estimativa dos organizadores. O evento também continha um elevado grau de risco de atentado, em função da presença do líder mundial da igreja católica. A Prefeitura do Rio de Janeiro, a subprefeitura da Zona Sul (sob liderança do então subprefeito Bruno Ramos), e todas as demais Secretarias da Cidade, conduziram a organização com a devida excelência, sem ocorrência de grandes problemas.

Problemas sempre ocorreram nesses grandes eventos internacionais. Alguém questionou a segurança da Copa América nos USA, mês passado, quando um homem exterminou 50 pessoas numa boate localizada em uma das sedes do Torneio? Algum atleta de ponta deixou de ir pra Euro, também realizada mês passado na França, mesmo diante do iminente risco de atentado e do massacre no Bataclan, ano passado? Algum atleta de ponta não foi pros últimos Jogos de Inverno em Sóchi (Rússia), em 2014, mesmo estando o país envolvido na absurda guerra com a Ucrânia e sob alto risco de atentado Checheno? Algum atleta de ponta boicotou os Jogos Olímpicos da China em 2008, em protesto às condições meteorológicas catastróficas que o país imputa ao mundo e aos frágeis direitos humanos locais? Alguém deixou de comparecer aos Jogos de Atlanta, em 1996, considerado o pior de todos os tempos, com atentando terrorista, caos no transporte e nas telecomunicações (sim, nos USA!). E as Olímpiadas de Londres 2012? O que dizer do caos no trãnsito e das baterias anti-mísseis contra terrorismo, instaladas em prédios residenciais?

Contra muitos céticos e críticos, tudo caminha para realizarmos uma Olimpíada inesquecível, para o Rio de Janeiro e o mundo esportivo. O Brasil não está fácil, longe disso, o nosso estado passa pela maior crise desse século, mas nada disso é culpa da Rio2016. Os legados poderiam ser maiores? Sim, como sempre, mas é muita miopia não enxergarmos os benéficos que ficarão, principalmente na área de mobilidade urbana e na revitalização do Porto. Sem falar nos avanços nos setores turístico e esportivo, e no dinheiro que aqui será deixado pelos turistas. 


Vamos deixar o nosso complexo de vira-lata de lado e contribuir para que o legado seja ainda maior, fazendo também deste evento, a “Olimpíada das Olimpíadas”. Quanto aos nossos inadiáveis problemas políticos, teremos mais uma oportunidade de começar a resolvê-los, em outubro, nas urnas.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Forças Armadas fazem os últimos ajustes antes da Rio2016.

Como de praxe em eventos Olímpicos, a 19 dias da abertura da Olimpíada do Rio, as Forças Armadas fizeram exercícios em toda a cidade, nos últimos preparativos para o esquema de segurança durante a competição.  Na Zona Sul, cerca de mil fuzileiros navais acertam até a próxima quarta (20/06), os últimos detalhes para o patrulhamento de pontos estratégicos. Até o dia 21 de julho, os homens vão ocupar diversos pontos entre São Conrado e o Caju. 



Uma das instalações transformada em área militar é a sede de Furnas, em Botafogo. De acordo com o contra-almirante Ricardo Henrique Santos do Pilar, comandante do Grupo-Tarefa Terrestre do Coordenador de Defesa Setorial (CDS) de Copacabana, o local é um ponto crucial para a segurança dos Jogos, pois abriga o Centro de Comando das operações de Furnas em todo o Brasil. Um grupo de 45 fuzileiros ocupará o complexo, onde localiza-se uma sala de comando da companhia, situada em um prédio projetado para resistir a terremotos, incêndios e explosões. Deste local, operadores controlam 40% da energia consumida no Brasil. Um centro de monitoramento com 200 câmeras também acompanha as instalações da empresa.

É claro que a segurança da Rio2016 precisa estar preparada para qualquer problema, inclusive no que tange a atentados terroristas. Em Londres, na Olimpíada de 2012, por exemplo, foram instaladas baterias antiaéreas (!) contra possíveis ataques de mísseis (!!), em prédios residências (!!!) situados em bairros da cidade. Aqui, felizmente, o cenário é completamente diferente, por mais que a mídia e alguns setores queiram pintar um quadro alarmante. O Brasil nunca foi foco de ação terrorista por sua (falta de) postura nas áreas de comércio, política e economia exterior. A característica plural da nossa religião também nos descredencia a foco de ação de extremistas religiosos.. Já realizamos sem qualquer problema, mega eventos internacionais com grande "potencial de atentado", como a Copa do Mundo em 2014, a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a ECO 92, entre outros... A estratégia de amedrontar a população para "vender jornal" também encontra eco na oposição política à Prefeitura da Cidade, em função da eleição que se aproxima. Afinal, esvaziando-se o evento, diminui-se os louros do governo.

Em fim, é dever do estado proteger a cidade, seus cidadãos e turistas, durante a Olimpíada e em qualquer época do ano. Problemas acontecerão, como em toda grande cidade que recebe esse tipo de evento, mas não nos deixemos amedrontar por campanhas difamatórias orquestradas. Faremos uma Olimpíada inesquecível, como fizemos a Copa em 2014, consideradas por muitos, como a Copa das Copas. A Rio2016 será fantástica! Não se prive dessa experiência única.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Chegou o Mapa dos Maus Motoristas.

Um estudo inédito realizado pelo Núcleo de Dados do Jornal O Globo possibilitou o surgimento de um novo mapa na cidade: O mapa dos piores motoristas do Rio de Janeiro.



Durante quase um mês, o Núcleo analisou cerca de 2,8 milhões de infrações de trânsito aplicadas em 2015, obtidas junto ao Detran. Esse estudo permitiu pela primeira vez, o mapeamento das taxas de infrações para a frota de cada bairro. Infrações essas, que podem ter sido cometidas em qualquer lugar do Rio, mas que contaram negativamente para o local de moradia dos proprietários dos veículos.

Na Zona Sul, a infração com maior incidência foi a de estacionamento irregular. Segundo especialistas, a maioria das infrações é cometida nas proximidades dos locais onde os motoristas residem. O problema é certamente acentuado pela falta de espaço para estacionamentos e garagens na região.

Os bairros da Barra, Recreio, Vargem Grande, Camorim e Jacarepaguá têm as maiores taxas de multas por veículo (carros, motos e caminhões). O Recreio registrou 196 multas para cada 100 veículos. Uma taxa duas vezes maior que a de toda a cidade: 96. Nesses locais, as taxas de multas por excesso de velocidade e avanço de sinal lideram as ocorrências.

O assessor da presidência da CET-Rio, Ricardo Lemos, diz que a prefeitura tem feito diversas campanhas educativas nas escolas e pondera que a maioria das multas não são aplicadas por ausência de sinalização adequada na cidade. Na sua opinião, a questão está diretamente relacionada à característica viária dos bairros. Ainda segundo Ricardo, a meta da Prefeitura de reduzir em 15% a taxa de acidentes já foi superada, obtendo-se 25% de redução em relação a 2008.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Ampliação da Operação Segurança Presente na Zona Sul.

A Prefeitura do Rio estuda a possibilidade de ampliação da Operação Segurança Presente para os bairros de Botafogo e Copacabana. O programa de segurança pública reforça permanentemente o policiamento em algumas regiões da cidade, tendo sido implementado com sucesso nos bairros da Lagoa e do Flamengo, durante a gestão de Bruno Ramos à frente da Subprefeitura da Zona Sul. 


O projeto na Zona Sul é uma parceria do Sistema Fecomércio RJ com o poder público, contando com o apoio do Comando Militar do Leste, das secretarias municipais de Transportes, de Ordem Pública, de Conservação e de Desenvolvimento Social, além da Comlurb. Como parceiro investidor desse programa, o Sistema Fecomércio RJ vai investir R$ 44 milhões até 2017.

Iniciada em 1º de dezembro de 2015, a Operação Segurança Presente ultrapassou a marca de 1 mil presos no início desse ano. A maior parte das ocorrências é em decorrência da posse de drogas para consumo. Foram 670 prisões por posse e uso de entorpecentes, 22 por roubo, 55 por furto, 8 por tráfico de drogas, 28 por contravenção penal, 9 por receptação, 49 por exercício ilegal da profissão, entre outros crimes. Também foram conduzidas presas para a delegacia 23 pessoas que portavam armas brancas e quatro por porte de arma de fogo. Além das prisões em flagrante, foram capturados 67 foragidos da Justiça. Destes, 29 tinham mandado de prisão por roubo, 18 por furto, dois por homicídio, 10 por tráfico de drogas e oito por crimes diversos.


As ações contam atualmente com mais de 400 agentes, entre policiais militares da ativa e da reserva, com porte de armas letais, e agentes civis egressos das Forças Armadas, que portam armamento não letal. Para garantir a transparência das ações, além das abordagens serem filmadas, as equipes de segurança também são monitoradas por GPS. O reforço ocorre de segunda a sábado, das 6h às 22h, e domingos e feriados, das 7h às 19h. Os agentes utilizam coletes de identificação nas cores verde (Aterro) e laranja (Lagoa).

O programa tem o objetivo de coibir roubos e furtos, consumo e comércio de drogas, além de promover o ordenamento urbano nestas áreas. Além disso, a Operação Segurança Presente também realiza ações sociais como o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde que foi iniciada a operação, foram realizados 250 acolhimentos a moradores de rua, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Denúncias podem ser informadas pelos telefones: Disque Aterro Presente (98496-01140 e Disque Lagoa Presente (96500-5811). Trata-se de uma iniciativa que deu certo. Precisa de continuidade para além de 2017 e ampliação para outros bairros da região.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Estudante empreende empresa de lixo orgânico na região.

O jovem mineiro de Belo Horizonte e estudante de Engenharia Ambiental da UFRJ, Lucas Chiabi, de 24 anos, transformou, quem diria, seu diferente sonho de criança, em realidade na Zona Sul do Rio de Janeiro. Filho de um engenheiro civil da Vale e de uma psicóloga, Lucas sonhava em ser gari. Antes de chegar ao Rio, ainda criança, viveu em diversas cidades do país, passando por Carajás, no Pará, onde as suas maiores diversões na infância eram fazer pequenas construções de madeira, plantar mudas e encontrar “tesouros no lixo”.


Dessa última brincadeira veio a vocação para a criação da Ciclo Orgânico, empresa de coleta lixo em residências mediante o pagamento de mensalidade. O empreendimento atende atualmente residências em oito bairros: Leblon, Ipanema, Copacabana, Leme, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico e Gávea. O público-alvo da empresa são pessoas com consciência ecológica e preocupadas com sustentabilidade. Um segmento, infelizmente ainda reduzido, que se preocupa com o destino do seu lixo e o impacto deste no meio ambiente. Esse público, além da separação de materiais recicláveis, olha também para o outro tipo de lixo que produz: o orgânico. A Ciclo Orgânico atua neste campo específico, recolhendo e dando destino aos resíduos orgânicos, ou seja, o material de origem vegetal ou animal (como cascas de frutas, de legumes e restos de comida) produzidos pelas pessoas.


O processo é simples: após pagar uma matrícula, cada cliente recebe um baldinho, com capacidade de 10 litros, com um saco plástico biodegradável para depositar o resíduo orgânico – como fazemos normalmente com sacola de supermercado. Um dos funcionários pesa e recolhe este resíduo, semanalmente, e o transporta de bicicleta para um ponto onde é feita a compostagem. A compostagem consiste em misturar o resíduo orgânico à terra e ao resíduo mais antigo, alternando descanso e manejo, até que o material naturalmente se transforme em um adubo natural riquíssimo em nutrientes, também chamado de composto. Para manter esse serviço mensalmente, cada cliente paga uma mensalidade .

Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Lucas usa o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço. No fim do mês, o cliente da Ciclo Orgânico, além de ter a consciência de que seu lixo vai para um lugar adequado, ainda tem direito a recompensas: ele pode escolher receber uma muda ou o adubo de volta. Se não quiser, pode optar pela doação, e a Ciclo Orgânico destina o material para pequenos produtores e para o reflorestamento do Parque do Martelo. 


A Ciclo Orgânico tem enfrentado diversos desafios, como qualquer nova empresa de pequeno porte. Parte deles, consequências do sucesso: as oito composteiras estão ficando sobrecarregadas. Cada uma suporta 200 kg de resíduos, que são preenchidos em uma semana. É preciso remanejar os compostos, quando diminuem de volume, para que se abra espaço para novas cargas de resíduos. Lucas estuda a ampliação de composteiras no próprio parque e talvez em outros pontos da cidade, como em Botafogo, Tijuca, e Barra da Tijuca, a fim de ampliar a cobertura e ser capaz de atender também restaurantes. Para isso, pretende contratar mais funcionários para dar conta da demanda. A empresa está em busca de financiamento para expandir seus serviços e colaborar ainda mais com a qualidade de vida da população.   

Esse é o tipo de iniciativa que precisamos incentivar! Quem tiver mais interesse, contatos pelo email contato@cicloorganico.com.br. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

O que nos evidencia o novo índice de desenvolvimento socioambiental da região?

O novo índice de desenvolvimento socioambiental da cidade, desenvolvido pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e divulgado semana passada, surpreendeu muita gente por posicionar a Região Administrativa de Botafogo na liderança do ranking, batendo regiões tidas como mais ricas, como as RA’s da Lagoa (área da cidade de maior Índice de Desenvolvimento Humano) e Copacabana.


A RA de Botafogo, que inclui também os bairros do Catete, Cosme Velho, Flamengo, Glória, Humaitá, Laranjeiras e Urca, obteve o índice de IPS 86,90. Enquanto a RA da Lagoa, que abrande também os bairros de Gávea, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, São Conrado e Vidigal, ficou com IPS de 85,18. Já a RA de Copacabana, que também inclui o Leme e ficou na terceira colocada, obteve índice IPS de 82,49. Ambos estão bem à frente da média da cidade, que ficou em somente 60,70. A RA da Rocinha ficou na 29ª colocação e com índice abaixo da média do Rio, chegando a 44,60.

O índice IPS é abrangente e leva em consideração indicadores como mortalidade infantil, degradação de áreas verdes, mobilidade, entre outros. Porém, por trás desse “surpreendente” resultado, como fatores determinantes da primeira colocação de Botafogo, estão principalmente, indicadores relacionados à mobilidade urbana e favelização. Na RA primeira colocada, o metrô é mais abrangente e o transporte público mais eficaz. Além disso, e fundamentalmente, o processo das ocupações desordenadas afetaram menos a qualidade de vida da população na região. Essa ocupação não planejada pelo estado, em função da dificuldade de acesso à serviços como coleta de lixo e policiamento, acelera a favelização atrelada ao crescimento de fatores de insalubridade e violência, como o baixo acesso à água canalizada e esgoto sanitário, altas taxas de homicídios, incidência de dengue, mortalidade por tuberculose, etc.


Mais uma vez, a sociedade lança luz à permissividade do poder público, quando este não chama para si a responsabilidade de impedir essas ocupações, compactuando com o crescimento das nossas favelas sem a infraestrutura mínima necessária à vida da população.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Casas de Hospitalidades revelam seus segredos para as Olimpíadas.

Conforme já informado aqui em fevereiro, a Rio2016 terá como atração secundária, as Casas de Hospitalidade que se espalharão pelos bairros da cidade durante os Jogos, com maior concentração na região da Zona Sul. Esses locais, em sua maioria, serão centros de apoio e de divulgação cultural dos países, servindo também como opção para quem não conseguir ingresso e desejar assistir às disputas fora das arenas, mas em locais animados e com clima de Jogos Olímpicos. Das 54 casas planejadas na cidade, quinze informaram que manterão as portas fechadas, ficando voltadas somente aos comitês, patrocinadores, jornalistas, atletas e seus parentes e convidados.


 Entre as Casas que se instalarão na Zona Sul, algumas já revelaram um pouco mais do que pretendem aprontar durante os Jogos. O espaço mais aguardado e badalado é o da Suíça, na Lagoa, apelidado de “Baixo Suiça”. Sucesso de público na Copa do Mundo em 2014, o Baixo Suíça ficará localizado no campo de beisebol da Lagoa, num espaço de 4.100 metros quadrados, com direito a um inusitado rinque de patinação no gelo. Para criar esse rinque, o Governo Suiço contratou a Glice, referência mundial em rampas artificiais e produção de gelo sintético. À noite, o espaço se transformará numa pista de dança, com direito a DJ e bar de gelo. As atividades planejadas também incluem uma pista de corrida com um photochart patrocinado pela Omega, assim como uma cabine giratória de teleférico, um trem tipicamente suíço e até um globo de neve gigante, que proporcionará a sensação de tocar e ver neve, como nos Alpes suíços. A culinária do país também estará representada, com um workshop sobre chocolate e outras especialidades que poderão ser degustadas nos food trucks do local. A área ocupada na Lagoa será recuperada e revitalizada após o término dos Jogos. Depois de reformado, o campo de beisebol será entregue à Prefeitura do Rio e aos cariocas. 

Também na Lagoa, mas com conceito completamente diferente, ficará a “Casa da Holanda”, chamada de Holland Heineken House. Instalada no Clube Monte Líbano, de 11h às 1h, a Casa funcionará cobrando ingresso pela entrada. Na parte da manhã, os visitantes poderão praticar diferentes modalidades de esporte, como natação, basquete, futebol e vôlei de praia. A casa também oferecerá aulas de stand up paddle na Praia de Ipanema e organizará grupos de corrida. À noite, as festas também serão comandadas por DJs.


Portugal também decidiu investir num formato diferenciado mas extremamente alinhado à história portuguesa. O país trará o Navio Escola Sagres, fazendo da atração a sua Casa durante a Rio2016. A embarcação foi construída em estaleiros alemães em 1937, sendo cedido ao Brasil em 1948, ao final da Segunda Guerra Mundial. Em 1961, foi comprado pela Marinha portuguesa para treinar seus futuros oficiais. O Escola Sagres deverá partir de Lisboa entre os dias 22 e 24 de junho,  parando em Recife e Salvador antes de chegar ao Rio. A Prefeitura ainda não definiu onde a ficará atracada a embarcação que poderá receber até 10 mil visitantes por dia.

Já a Dinamarca optou por curtir as benécies da nossa Orla, montando a sua Casa na Praia de Ipanema. O local nos levará por uma viagem pelo país, através de uma exposição, pequenos shows e premiação dos atletas medalhistas. Para a cidade, o país deixará não só as bicicletas (que poderão ser usadas depois dos Jogos no mesmo sistema da Bike Rio), mas também material educativo da Lego, que terá um playground no Posto 10 para a criançada brincar. Ele será usado nos Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs), da prefeitura.


A Casa Áustria, no palacete do Botafogo, na Rua General Severiano, também será aberta ao público e deverá priorizar o relacionamento entre os austríacos e a cidade. Confira abaixo a relação das Casas e locais já confirmados, e quais serão abertas ao público:

Alemanha (Praia do Leblon, posto 11 - ABERTA)
Dinamarca (Praia de Ipanema, posto 10 - ABERTA)
Suíça (Campo de Beisebol da Lagoa, Lagoa - ABERTA)
Holanda (Clube Monte Líbano, Lagoa - ABERTA)
Áustria (General Severiano - Clube Botafogo, Botafogo - ABERTA)
Estados Unidos (Colégio São Paulo, Arpoador - FECHADA)
Grã-Bretanha (Parque Lage, Jardim Botânico - FECHADA)
França (Sociedade Hípica Brasileira, Lagoa - FECHADA)
China (Jockey Club, Gávea – AINDA NÃO REVELADO )
Rússia (Clube dos Marimbás, Copacabana – AINDA NÃO REVELADO)
Catar (antiga Casa do Estudante, Flamengo – AINDA NÃO REVELADO )
Canadá (AABB, Lagoa – AINDA NÃO REVELADO )

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Modo de vida vegano se expande pela região.

Segundo o "The Vegan Society", grupo fundado em 1944 no Reino Unido e que criou o termo "Veganismo", veganismo é “uma filosofia e estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra animais na alimentação, vestuário e qualquer outra finalidade; e por extensão, que promova o desenvolvimento e uso de alternativas livres de origem animal para benefício de humanos, animais e meio ambiente”. 
Alguns números significativos são apresentados pelos veganos para endossar sua escolha e na questão alimentar, eles são ainda mais impactantes: 70 bilhões de animais terrestres são mortos anualmente para consumo humano, 181 animais são mortos por segundo pela pecuária no Brasil, 70% das doenças modernas são de origem animal, 18% das emissões mundiais de gases do efeito estufa são causados pela pecuária...

Na alimentação, a dieta significa a prática de dispensar todos os produtos derivados em parte ou totalmente de animais. Esse conceito gera um mercado ainda insipiente no segmento gastronômico, que vem se expandindo em algumas regiões, como a Zona Sul do Rio de Janeiro. Por aqui, já conseguimos encontrar diversas opções de restaurantes veganos, que ampliam o leque de opções alimentares desse público extremamente seletivo.
No Leblon, o Universo Orgânico acaba de retirar do seu cardápio, após 20 anos, o mel de abelha, trocando-o pelo agave (mel de cactos que vêm do México). No Jardim Botânico, o recém-inaugurado Quintal Zen, oferece opções que além de veganas são orgânicas, sem glúten ou aditivos químicos. O espaço ainda conta com uma área de meditação no segundo andar para os clientes e eventos voltados ao bem-estar. Em Ipanema, o Spazziano é um braço gastronômico do Spa Maria Bonita, surgido da necessidade dos clientes do Spa, que participavam de programas de desintoxicação alimentar. Em Botafogo, o Vegan Vegan oferece feijoada light servida às quartas e aos sábados, feita com shitake e queijo tofu defumado, acompanhada de farofa crocante de mandioca, couve ao alho e arroz integral cateto orgânico. 

Confira abaixo os endereços desses espaço e descubra a parte alimentar do universo vegano!

- Quintal Zen: Rua Lopes Quintas, 37 – Jardim Botânico – tel 3229-9887
- Spazziano: Rua Prudente de Moraes, 729 – Ipanema – tel 2513-4050
- Universo Orgânico: Rua Conde de Bernadotte, 26 – Leblon – tel 2274-8673
- Vegan Vegan: Rua Voluntários da Pátria, 402, loja B – Botafogo – tel 2286-7078

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Dia das Boas Ações invade de conscientização a Zona Sul.

O “Dia das Boas Ações” é uma data celebrada em diversos países para conscientizar a sociedade sobre a promoção do bem. O projeto foi criado em 2007, em Israel, e se expandiu pelo mundo, atingindo a marca de 930 mil participantes colaborando com mais de 11 mil projetos em 2015. Neste ano, 70 países fazem parte da iniciativa e o Brasil foi escolhido como capital mundial do evento — a primeira na América do Sul. Ontem (10), coordenadas pelo movimento “ATADOS, liderando gente boa”, centenas de boas ações foram realizadas por 70 ONGs em 20 lugares diferentes no Rio de Janeiro. O encontro principal ocorreu no Parque Garota de Ipanema e a Zona Sul foi uma das regiões mais contempladas da cidade.

Na praia de Ipanema, 45 crianças e adolescentes de Jardim Gramacho, em Caxias, foram trazidas pela ONG Amparando Jardim Gramacho para conhecerem o mar. No calçadão de Copacabana, a organização social Viva Rio realizou a caminhada inclusiva “ConvidaAtiva” para pessoas com deficiência. 


Já na praia do Arpoador, o foco dos voluntários foi no recolhimento do que é considerado microlixo — guimbas de cigarro, pequenos pedaços de embalagens plásticas, lacres e tampas de bebidas, etc. O projeto é uma parceria do Instituto-E e as ONGs Atados, Sea Sheperd e SurfRider Foundation, teve apoio da Subprefeitura da Zona Sul e da Comlurb, e contou com a presença do Subprefeito da região, Bruno Ramos. 


Oficinas, apresentações culturais, palestras, feiras, aulas, entre outras ações, fizeram parte do dia. Confira abaixo a listagem completa dos eventos realizados:

ESPAÇO BEM-ESTAR
09h00 Yoga com Mahavir [Espaço Nirvana ]
11h00 Yoga para crianças com Antônio Tigre [Espaço Nirvana]
12h00 Meditação e Respiração [Arte de Viver]
15h00 Corpo e Coluna [Flávia Wanderley]
16h00 Show Awaken Love Rio

ESPAÇO SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE
09h00 Conceitos ecológicos e práticas ambientais associados ao esporte Surf e SUP, noções para consumo responsável e gestão sustentável de resíduos sólidos, com Márcio Mundim
10h00 Reciclagem de Prancha - Rocinha Surf Escola
11h00 Regina Tchelly, do Favela Orgânica, realizará uma palestra do Ciclo da Vida com o Ciclo do Alimento e em seguida fará a Disco Xepa, com alimentos que tem pouco ou nenhum valor comercial por estarem feios, machucados, ou estarem fora do padrão. E toda degustação será distribuída de graça para o público 
12h30 Oficina DIY de materiais recicláveis com Coral Lazandeira [Fatto Design]
15h00 Roda de Palestra de empresas que vivem a sustentabilidade na prática [Clube Orgânico, Mescla, CARPE - Projetos Socioambientais, Ciclo Orgânico, Brownie Do Luiz, Capim SeloVerde, Welight]

ESPAÇO FEMINISMO
10h00 Venha contar sua história para o projeto Feminicidade
10h00 Oficina DiMakakim no Dia das Boas Ações - Como carregar os bebês no pano
12h00 Oficina de arranjos de flores com mensagens de #SintoSororidadecom Agora Juntas e Flor Faz Bem
14h00 Roda de conversa sobre o lugar de mulher com presença de Marielle Franco, Ani Phoebe e Dra. Ana Rosa
15h00 Distribuição de arranjos com mensagens de #SintoSororidade + Mulheres da Vila (batucada!)
16h00 Dinâmica Gêneros e Desigualdades da Casa da Juventude e Juntas!

PALCO PRINCIPAL 
10h00 Harmonicanto
10h30 Favela Brass
11h00 Chegada da caminhada inclusiva Viva Rio + alongamento + aula de jump da Apabb + Pocket show de Marcus Mena 
12h30 Oficina de Forró Carnavaldasculturas Prafac
13h30 Blind Man's Dog
14h30 Grupo Cultural Lata Doida
15h30 Compania Ru'Art + Unicirco Marcos Frota 
17h00 Sinara

ESPAÇO IPA BEBÊ
09h30 Coral Cefil Smile Train Brasil - coral de crianças portadoras de fissura labiopalatal em tratamento fonoaudiológico
10h00 Cortejo do Favela Brass em direção ao Arpoador
09h00 Ação Jardim Gramacho vai à praia!

ESPAÇO SKATE
10h00 Atividades com skate com Coletivo Briza (entre Arpoador e Praia do Diabo)

OFICINAS 
Oficina de Pintura e Grafite em Tijolos [ Projeto Morrinho], Oficinas e atividades educativas e Primeiros Socorros [Cruz Vermelha Brasileira - Rio de Janeiro], Bazar Trocaí, Oficina de Beleza, Figurino, Maquiagem e Fotografia [Spectaculu - Escola Fábrica de Espetáculos], Tapete Colaborativo da Favela Verde, Troca Dons.

AÇÕES
09h00 Ação de Limpeza da Praia do Arpoador [Arpoador Surf Club (ASC), Instituto E e Sea Shepherd Brasil - Guardiões do Mar
09h00 Remada de Limpeza com SUP Arpoador
09h00 Caminhada Inclusiva da Viva Rio (praia de Copacabana, Siqueira Campos)
10h45 Limpeza praia de Copacabana - encontro Habbib's praia
11h00 Jogos de Educação Financeira
11h30 Arrastão Florido www.atados.com.br/vaga/arrastao-florido 
14h00 Oficina de desenhos com Bonecas de Propósito
13h00 Oficina livros de poesia com crianças, Apadrinhe um sorriso
13h30 Dentistas da Alegria: www.atados.com.br/vaga/sorriso-mais-branco
16h30 Oficinas de Circo Unicirco Marcos Frota

quinta-feira, 24 de março de 2016

Só a Praia Vermelha é 365 dias.

Durante 2015, somente 3 praias da cidade ficaram próprias para banho nos 365 dias do ano, segundo revelou essa semana o INEA (Instituto Nacional do Ambiente). As abençoadas pela exceção que deveria ser regra são: Prainha, Recreio e Praia Vermelha. Do lado oposto, 4 praias da Zona Sul permaneceram praticamente todo o ano imprópria. As penalizadas pela regra que deveriam ser exceção são: Flamengo, Botafogo, Urca, e São Conrado. Ainda segundo o órgão, a praia do Leblon oscila entre dias de água limpa, e outros de muita poluição.


O governo do estado informou em nota que continua investindo na despoluição da Baía de Guanabara, e que projetos executados conseguiram elevar o percentual de esgoto tratado. Porém, a promessa de limpar a baía até as olimpíadas não vai ser cumprida. Lamentável...

segunda-feira, 21 de março de 2016

Os alagamentos na região tem solução?

Dizem que o carioca não gosta de chuva, mas alguém gosta? Acho que nem os nossos vizinhos da Terra da Garoa... O certo é que as chuvas das últimas semanas assustaram a cidade e colocaram o problema dos alagamento novamente na mesa do Carioca (em alguns casos, literalmente). Na Zona Sul do Rio, talvez a aversão do morador à água que cai do céu, seja maximizada com o impedimento do usufruto das belezas naturais da região, como banhos de mar, corridas nas orlas, pedaladas na lagoa, entre outros prazeres genuínos e gratuitos da população local. Porém, o que mais incomoda, é que as tempestades são sinônimas de alagamentos, trazendo prejuízos e riscos à população. O problema é antigo, frequente e parece estar longo de uma solução...


O transtorno atinge todos os bairros da região em pontos com reconhecidos potenciais de alagamento e que nas últimas semanas foram novamente castigados pela chuva: Av Epitácio Pessoa (Lagoa), Rua do Catete (Catete), Rua Jardim Botânico (Jardim Botânico), Rua Antônio Mendes Campos (Glória), Rua São Clemente (Botafogo), Aterro do Flamengo (Flamengo), Rocinha, entre outros. Mas se o problema é antigo, conhecido e previsível, por que a Prefeitura não consegue resolver?

A primeira causa, segundo alguns especialistas, vem do fato da região ser muito povoada e ao nível do mar. Nesse cenário, quando a tempestade coincide com a alta do nível do mar, as galerias pluviais deixam de escoar. As soluções de engenharia não são simples e baratas. Os piscinões são uma opção, mas não resolvem sozinhos o problema. Outra alternativa seria a construção de um cinturão antes das saídas das galerias para o mar. Uma abordagem mais moderna, ampla e não menos dispendiosa, prega a adoção de investimentos na renaturalização de rios e a união de soluções artificiais com opções de infraestrutura verde.

Uma ação simplória, barata e primordial, porém paliativa, é a manutenção adequada nas galerias existentes por parte da Prefeitura, para que funcionem com capacidade total. Nesse ponto, além da atual eficaz da Prefeitura, a população deveria fazer a sua parte, simplesmente não fazendo nada, ou seja, parando de sujar as ruas com os lixos que entopem as galerias. 


Outro paliativo visando à minimização de riscos e prejuízos, bastante adotado em países europeus que sofrem com alagamentos constantes, seria o trabalho preventivo por parte da Defesa Civil, informando a população sobre a possibilidade de alagamentos. Atualmente, essa ação é realizada apenas em áreas consideradas de risco.

A prefeitura apresentou recentemente uma série de propostas para tentar solucionar os alagamentos na cidade. Elas fazem parte do Relatório de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, publicado em 29 de dezembro do ano passado no Diário Oficial do município. O documento, da Fundação Instituto das Águas do Município do Rio de Janeiro (Rio-Águas), faz parte do Plano Municipal de Saneamento Básico, que todas as prefeituras do país se comprometeram a entregar até o final de 2015. Além de apresentar os pontos com risco de alagamento, contém uma lista de intervenções que devem ser feitas para evitar novas inundações. Entre os maiores problemas apontados na região estão a expansão urbana, que descaracterizou grande parte da rede de drenagem natural por meio de obras de canalização, aterros e desvio dos cursos originais, sendo que a faixa litorânea foi a mais aterrada.

Entre as propostas apresentadas estão a de reverter os efeitos nocivos da urbanização nas áreas já consolidadas, minimizar os impactos futuros nas áreas em processo de urbanização e tratar as cheias rápidas com medidas de reservação. Ou seja, a instalação de reservatórios imediatamente após o final do trecho de alagamento. São os chamados reservatórios de “pé de morro”, intervenções mais baratas do que o alargamento das calhas. 


Segundo a Secretaria municipal de Saneamento e Recursos Hídricos existem projetos de melhorias no sistema de drenagem na região. Como as obras no bairro do Jardim Botânico, abrangendo o canal da Rua General Garzon e a implantação de galerias nas ruas Jardim Botânico e Pacheco Leão. Recentemente, acrescenta o órgão, foram feitas obras de melhorias no sistema de microdrenagem na Lagoa, com a instalação de tubulações que reduziram pontos de bolsões d´água, acabando com o problema num trecho histórico de alagamento próximo ao Jockey.

Já a Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos informou que durante o ano equipes de suas 25 gerências executam um programa integrado de manutenção de drenagem nas vias principais e secundárias de todo o Rio. O serviço é intensificado nos meses que antecedem o verão. Nos últimos quatro meses, o órgão, com o apoio da Comlurb, concluiu a limpeza de mais de dois mil quilômetros mil quilômetros de galerias de águas pluviais em todo o Rio.

Ok, essas ações da Prefeitura são importantes, mas pontuais e para “apagar incêndio” (ironicamente). O Plano de propostas parece mais interessante e eficaz, mas será que vai pra frente? 

quinta-feira, 10 de março de 2016

Projeto sócio-cultural “Ninho de Livros” cresce na região.

Em fevereiro de 2015, a agência carioca de empreendimentos sociais, Satrápia, lançou o Projeto Ninho de Livro, com o objetivo de facilitar o acesso a leitura, incentivar a troca e principalmente disseminar a cultura da colaboração, ao mesmo tempo em que reativa espaços públicos abandonados. 


O Ninho é um espaço de cultura aberto gratuitamente 24 horas por dia, num formato de casinhas de madeira parecidas com as de passarinho, e funciona assim: a pessoa abre a casinha, escolhe um livro, coloca outro no lugar e se regozija com a leitura. A ideia do projeto é fazer com que as pessoas entendam que os ninhos são da cidade, de uso público e por isso devem também cuidar destes espaços, incentivando a leitura, mas principalmente a postura cidadã dos cariocas.

A ideia surgiu após uma viagem de férias ao sul da França, onde as sócias da agência puderam conhecer um projeto semelhante. No Rio,  Mayrtes Mattos e Renata Tasca, as mentes à frente do Projeto, adaptaram a ideia criando as simpáticas e atrativas casinhas de passarinho. 

Após um ano de experiência e mais de 11 mil livros distribuídos, as expectativas foram além do esperado. Segundo as publicitárias, o receio em relação ao vandalismo não se confirmou, gerando um movimento inverso. A ação desenvolveu um laço afetivo entre o projeto e o público, que acabou adotando os ninhos, através de atitudes voluntárias surpreendentes como a instalação de maçanetas nas portas e o conserto do acrílico das casinhas. Além disso, todos os dias no facebook do projeto (https://www.facebook.com/ninhodelivro), dezenas de pessoas solicitam a instalação de ninhos em diferentes locais. Após esse tempo de vida, o projeto mostrou que o Ninho de Livros também embeleza espaços, cria movimentação e estimula que o público cuide do espaço público, criando um novo comportamento nos cariocas.

As duas publicitárias começaram instalando o primeiro ninho em fevereiro de 2015, no Vidigal. Quase um ano depois, a ação social já espalhou 10 ninhos por Fortaleza e 10 ninhos em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro, como: Dona Marta, Praça Sarah Kubitschek (Copacabana), Parque Guinle, Parque Lage, Vidigal, Cantagalo, entre outros. 

Agora, após um ação de crowdfunding realizada através do site Benfeitoria.com, a dupla conseguiu levantar R$ 31,5 mil em financiamento coletivo, superando a meta inicial de R$ 30 mil. O recurso financeiro ajudará na instalação de mais dez Ninhos pela cidade, focando agora exclusivamente nas comunidades. Segundo as idealizadoras, o índice de leitura nessas regiões chega a quase zero. Na Zona Sul, a ação implementará novos Ninhos nas comunidades Cantagalo, Rocinha e Tabajaras. 

Golaço!!! 

terça-feira, 8 de março de 2016

Zona Sul tem baixo risco para infestação pelo Aedes Aegypti.

Dados divulgados essa semana pelo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), indicam que o município do Rio de Janeiro apresenta o menor índice de infestação predial (IIP), pelo mosquito do Aedes Aegypti, da história da cidade para o período do verão: 0,9%.


O resultado é considerado como positivo pela Secretaria Municipal de Saúde, já que o índice é considerado satisfatório quando está abaixo de 1%. A diferença de 0,1% abaixo da meta é suficiente para colocar o município na “faixa verde”, que representa baixo risco para contaminação por doenças decorrentes das larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. 

A Zona Sul e outras cinco Áreas Programáticas (AP) da cidade, apresentaram baixo risco: Centro, Ilha e Zona da Leopoldina, Grande Méier, Madureira e adjacências, Bangu e adjacências. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a queda no índice de infestação pelo Aedes aegypti pode ser atribuído ao constante trabalho de prevenção e conscientização que vem sendo feito pela própria Secretaria e também à colaboração da população. 

A luta pela conscientização da população, porém, é longa e não pode ser abrandada. O LIRAa apontou que 26,9% dos focos do mosquito estavam em depósitos fixos, como ralos, bombas, piscinas não tratadas, cacos de vidros em muros, toldos em desnível, calhas, sanitários em desuso, entre outros. Os criadouros do vetor ainda são muito encontrados em vasos e pratinhos de planta e em materiais descartados indevidamente, como recipientes plásticos, garrafas, latas, entre outros (ambos com 21,2%). Seguidos dos depósitos para armazenamento doméstico de água como tonel, tambor, barril, tina, filtros e potes, entre outros (20,3%).

quinta-feira, 3 de março de 2016

Histórias da Zona Sul: A urbanização no início do século XX até os anos 30.

No início do século XX, o Rio de Janeiro transformou-se em um canteiro de obras projetadas para fazer da cidade um símbolo de modernidade, ordenamento e progresso. A nova imagem do Rio foi planejada pelo Prefeito Pereira Passos e inspirada em Paris. As reformas urbanas parisienses executadas na segunda metade do século XIX, pelo Prefeito Georges Eugène Haussmann, o barão de Haussmann, influenciaram o  mundo todo, servindo de referência para vários países na Europa e nas Américas. 


As reformas urbanísticas no Rio, com a construção de praças, ampliação de ruas e criação de estruturas de saneamento básico, caracterizaram-se no consciente coletivo da época, como a chegada da modernidade num país pobre e colonizado que, enfim, alcançaria a graça de se tornar imagem e semelhança da cidade europeia.

Este período testemunhou movimentos que modificaram o perfil de ocupação urbana da cidade. A grande destruição dos cortiços das áreas centrais expulsou milhares de pessoas para áreas periféricas e encostas de morros. Ao mesmo tempo, teve início a urbanização e o saneamento de áreas litorâneas da zona sul e de áreas ao longo dos caminhos de ferro em direção à zona norte. Este processo contribuiu para o alargamento do espaço geográfico da cidade e multiplicou as demandas em torno de serviços urbanos como transporte, abastecimento de água, calçamento de ruas, policiamento, saúde pública, entre outros.

Em 1908, a realização da Exposição Universal catalisou o processo de urbanização da cidade baseado num modelo de construção de diversos aterros, que foram alterando o traçado das praias num movimento mar adentro. Para abrigar a Exposição criou-se uma praia artificial, a atual Praia Vermelha, com terras extraídas do Pão de Açúcar, unindo este à cidade. Mais tarde, nos anos 20, foi realizado um aterro de 2 km2 de extensão para a construção do bairro da Urca por uma empresa privada que, ao mesmo tempo, exercia o papel de operador imobiliário e a conquista de território da orla sobre o mar. A operação foi muito importante, não só pela dimensão dos trabalhos, ou por ter dado um passo na direção de um dos símbolos morfológicos do Rio de Janeiro, mas porque estabeleceu uma forma de crescimento para o sul, para o mar aberto. Criou dessa forma um modelo cujos frutos, hoje, são bairros como Copacabana, Ipanema e Leblon. 

O Morro de Castelo, sede da fundação da cidade, foi paradoxalmente demolido para dar lugar à Exposição comemorativa do Centenário da Independência em 1922. Foram removidos 4,5 milhões de m³ de terras e avançados ao mar 67 mil m² de solo para abrigar o espaço da Exposição. Nos anos quarenta, ali se construiu o Aeroporto Santos Dumont, ampliando a área de aterro no limite com o mar. Essa operação fez desaparecer as históricas Praias de Santa Luzia e a Ponta do Calabouço. Com a terra proveniente do Morro do Castelo também se levou a cabo, em 1930, outra das grandes operações de construção da cidade: o saneamento e urbanização da orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, com criação de uma ampla plataforma de cidade e a canalização do braço de água que a unia ao mar, criando o atual Jardim de Alah. 

A expansão segue a seqüência de urbanização dos bairros da Glória, Flamengo e Botafogo e de suas respectivas praias, incluídos o ajardinamento das ruas da borda litoral. O crescimento urbano ocorrido em Botafogo no século XIX aliado à fama que foi adquirindo a Praia de Copacabana devido ao “clima esplêndido e salubre”, determinou a abertura de um primeiro acesso urbanizado em 1855, através de uma ladeira, a atual Tabajaras, propiciando a construção das primeiras casas. Com a construção do Túnel Velho em 1892, os bondes passaram a atender ao novo bairro, e com a posterior circulação de bondes elétricos o bairro prosperou, estando por volta de 1930, totalmente loteado e urbanizado. O cais de pedra construído para deter as constantes ressacas delimitou a avenida da orla marítima nos seus 4,5km de extensão, criando a hoje célebre Avenida Atlântica. Esta avenida, somada ao famoso hotel que ali foi erguido em 1923, o Copacabana Palace, projetado no melhor estilo neoclássico importado da Riviera Francesa, determinaram o perfil de Copacabana inspirado no balneário mediterrâneo europeu. A partir desta época o banho de mar se tornaria uma moda no Rio de Janeiro. 

Fontes: 1 - O Rio de Janeiro e a sua orla: história, projetos e identidade carioca, Dez/2009 Verena Andreatta; Maria Pace Chiavari; Helena Rego - SMU/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Coleção Estudos cariocas. 2 - Cidade e subúrbios no Rio de Janeiro do início do século XX: ordenamento e progresso para o morador suburbano LUCIANA VERONICA SILVA MOREIRA 2013.
Foto: Centro Arquivístico da Secretaria Municipal de Urbanismo / Divulgação

terça-feira, 1 de março de 2016

Desembarque Olímpico Estratégico na Zona Sul.

Os Jogos Olímpicos são o maior evento do mundo. Seus números grandiosos traduzem um pouco da magnitude da competição. Na Rio 2016, são aguardados 206 países, 10,5 mil atletas, 45 mil voluntários, 100 chefes de estado, 12 mil empresários e executivos, 350 mil turistas e 25 mil jornalistas. Para acolher toda essa demanda, a cidade se prepara, reservando à Zona Sul um papel estratégico no tabuleiro olímpico. 


A Empresa Olímpica Municipal (EOM) atualizou semana passada a relação dos países que montarão Casas Temáticas na cidade. Até o momento, doze delas estão confirmadas na Zona Sul. O conceito dessas “Casas”, nascido nas Olimpíadas de Barcelona (1992), é o de divulgar a cultura dos países participantes com uma agenda de eventos recheada, capaz de proporcionar a geração de novos negócios e o estreitamento de relacionamentos estratégicos entre governantes e empresários.

Confira abaixo a relação das 12 Casas Temáticas já confirmadas na Zona Sul:

Alemanha (Praia do Leblon, posto 11)
França (Sociedade Hípica Brasileira, Lagoa)
Dinamarca (Praia de Ipanema, posto 10)
Suíça (Campo de Beisebol da Lagoa, Lagoa)
Holanda (Clube Monte Líbano, Lagoa)
Estados Unidos (Colégio São Paulo, Arpoador)
Grã-Bretanha (Parque Lage, Jardim Botânico)
Rússia (Clube dos Marimbás, Copacabana)
China (Jockey Club, Gávea)
Catar (antiga Casa do Estudante, Flamengo)
Canadá (AABB, Lagoa)
Áustria (General Severiano - Clube Botafogo, Botafogo)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Campanha de Doação de Sangue no Miguel Couto.

Preocupado com a quantidade de sangue em seu estoque, o Hospital Miguel Couto, no Leblon, realiza na próxima segunda (29), campanha de doação em parceria com o Hemorio. A ação, de 9h às 14h, é aberta ao público, inclusive acompanhantes e funcionários da unidade.


Para doar é preciso ter entre 18 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos e estar em boas condições de saúde. Jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais ou responsáveis legais. É preciso apresentar documento original de identidade. É necessário ter repousado na noite anterior à doação, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 24 horas e não fazer parte do grupo de risco de doenças sexualmente transmissíveis e usuários de drogas.

Doar sangue é simples, seguro e não demora mais do que meia hora. O volume coletado (cerca de 450 ml) não traz risco para o doador. Além disso, o material utilizado é descartável e oferece total segurança. As mulheres podem realizar três doações por ano, com intervalos de, pelo menos, três meses, e os homens, quatro doações com intervalo de, pelo menos, dois meses. Cada doação pode salvar até quatro vidas.

O Hospital Municipal Miguel Couto fica na Rua Mário Ribeiro, 117, Leblon. A coleta do sangue será feita no saguão do antigo atendimento pediátrico / Emergência.