domingo, 28 de agosto de 2016

Casas dos Países se despedem deixando legado.

A Olimpíada do Rio foi o sucesso que nunca duvidamos por nem um segundo, conforme nosso post antes da competição. Mostramos mais uma vez nossa capacidade de organização, superação e acolhimento. Foi fantástica, única, inesquecível! 


Infelizmente, tudo tem seu fim e a Rio 2016 se foi, deixando junto com uma saudade imensa, o gratificante sentimento de dever cumprido. Além de marcar a história da cidade para sempre em nossas memórias e corações, a Olimpíada deixará entre outros legados, diversos benefícios sociais gerados pelas queridas “Casas dos Países” - grande sucesso de público durante a competição. A lista de benefícios para cidade inclui desde reformas em creches, escolas e quadras até doação de bicicletas e maquete gigante do Rio.

A Casa da Suíça, talvez a de maior sucesso entre todas, vai entregar até novembro uma quadra de beisebol montada na Lagoa Rodrigo de Freitas, com 4,1 mil metros quadrados e vista para o Morro Dois Irmãos. O comitê suíço ainda vai financiar a contratação de professores para dar aulas de beisebol às cerca de 130 crianças do projeto ‘Baseball Escolar’, que funciona em escolas públicas da Zona Norte. 


Nossos algozes mas queridos alemãs, que montaram a Casa da Alemanha numa mega estrutura na Praia do Leblon, deixarão como legado a reforma de parte da Escola Municipal Marília de Dirceu, em Ipanema. Serão construídas quadras poliesportivas e instaladas rampas de acessibilidades, além da reforma do piso no refeitório.


A Casa Itália também entregou uma quadra de futebol na Escola Municipal Alphonsus de Guimarães, na Cidade de Deus, e reformou uma das creches mais antigas da Rocinha, a Ação Social Padre Anchieta, que atende atualmente 175 crianças. O espaço teve diversas áreas reformadas, ganhou brinquedoteca e horta.


Outro grande sucesso, a Casa do Qatar, em Botafogo, que funcionou na antiga Casa Daros vai financiar a construção de uma biblioteca no local e doar todo o valor arrecadado com a bilheteria para a ONG Futuro Olímpico, do medalhista Arnaldo Oliveira. Também selecionou dez esportistas para treinar durante um mês em seu país. 


Já os dinamarqueses, que montaram sua casa em Ipanema, vão doar 65 bicicletas à Guarda Municipal. No início do mês, a princesa Mary da Dinamarca entregou o primeiro dos 5.180 kits da Lego, que serão distribuídos pelos Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) da prefeitura. E a maquete do Rio feita com quase 1 milhão de tijolinhos, que está no Boulevard Olímpico, será levada para o Museu Histórico da Cidade, na Gávea.


Algumas dessas Casas continuarão funcionando até o final das Paraolimpíadas, em 18 de setembro. Última chance para revivermos essa emoção singular.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Somos ou não somos? Eis a questão.

Nesses dias que antecedem a Rio2016, muito se fala, injustamente, sobre a nossa incapacidade de realizar grandes eventos internacionais. Para citarmos somente alguns mega eventos aqui realizados com excelência, lembramos da ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada com a presença dos chefes de estado dos países que integram a ONU. Citamos também a realização da Copa do Mundo de Futebol, realizada em 2014 e considerada por muitos especialistas como a “Copa das Copas”. E há exatos três anos, estávamos finalizando com maestria a realização da Jornada Mundial da Juventude, também na cidade do Rio de Janeiro.


Entre outros números faraônicos, o evento contou com mais de 3 milhões e meio de pessoas na Praia de Copacabana, no dia de encerramento, entre cariocas e peregrinos do Brasil e exterior. Ao longo daquela semana, as ruas da Zona Sul da Cidade receberam 9 milhões de pessoas para ver o Papa Francisco, segundo a estimativa dos organizadores. O evento também continha um elevado grau de risco de atentado, em função da presença do líder mundial da igreja católica. A Prefeitura do Rio de Janeiro, a subprefeitura da Zona Sul (sob liderança do então subprefeito Bruno Ramos), e todas as demais Secretarias da Cidade, conduziram a organização com a devida excelência, sem ocorrência de grandes problemas.

Problemas sempre ocorreram nesses grandes eventos internacionais. Alguém questionou a segurança da Copa América nos USA, mês passado, quando um homem exterminou 50 pessoas numa boate localizada em uma das sedes do Torneio? Algum atleta de ponta deixou de ir pra Euro, também realizada mês passado na França, mesmo diante do iminente risco de atentado e do massacre no Bataclan, ano passado? Algum atleta de ponta não foi pros últimos Jogos de Inverno em Sóchi (Rússia), em 2014, mesmo estando o país envolvido na absurda guerra com a Ucrânia e sob alto risco de atentado Checheno? Algum atleta de ponta boicotou os Jogos Olímpicos da China em 2008, em protesto às condições meteorológicas catastróficas que o país imputa ao mundo e aos frágeis direitos humanos locais? Alguém deixou de comparecer aos Jogos de Atlanta, em 1996, considerado o pior de todos os tempos, com atentando terrorista, caos no transporte e nas telecomunicações (sim, nos USA!). E as Olímpiadas de Londres 2012? O que dizer do caos no trãnsito e das baterias anti-mísseis contra terrorismo, instaladas em prédios residenciais?

Contra muitos céticos e críticos, tudo caminha para realizarmos uma Olimpíada inesquecível, para o Rio de Janeiro e o mundo esportivo. O Brasil não está fácil, longe disso, o nosso estado passa pela maior crise desse século, mas nada disso é culpa da Rio2016. Os legados poderiam ser maiores? Sim, como sempre, mas é muita miopia não enxergarmos os benéficos que ficarão, principalmente na área de mobilidade urbana e na revitalização do Porto. Sem falar nos avanços nos setores turístico e esportivo, e no dinheiro que aqui será deixado pelos turistas. 


Vamos deixar o nosso complexo de vira-lata de lado e contribuir para que o legado seja ainda maior, fazendo também deste evento, a “Olimpíada das Olimpíadas”. Quanto aos nossos inadiáveis problemas políticos, teremos mais uma oportunidade de começar a resolvê-los, em outubro, nas urnas.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Forças Armadas fazem os últimos ajustes antes da Rio2016.

Como de praxe em eventos Olímpicos, a 19 dias da abertura da Olimpíada do Rio, as Forças Armadas fizeram exercícios em toda a cidade, nos últimos preparativos para o esquema de segurança durante a competição.  Na Zona Sul, cerca de mil fuzileiros navais acertam até a próxima quarta (20/06), os últimos detalhes para o patrulhamento de pontos estratégicos. Até o dia 21 de julho, os homens vão ocupar diversos pontos entre São Conrado e o Caju. 



Uma das instalações transformada em área militar é a sede de Furnas, em Botafogo. De acordo com o contra-almirante Ricardo Henrique Santos do Pilar, comandante do Grupo-Tarefa Terrestre do Coordenador de Defesa Setorial (CDS) de Copacabana, o local é um ponto crucial para a segurança dos Jogos, pois abriga o Centro de Comando das operações de Furnas em todo o Brasil. Um grupo de 45 fuzileiros ocupará o complexo, onde localiza-se uma sala de comando da companhia, situada em um prédio projetado para resistir a terremotos, incêndios e explosões. Deste local, operadores controlam 40% da energia consumida no Brasil. Um centro de monitoramento com 200 câmeras também acompanha as instalações da empresa.

É claro que a segurança da Rio2016 precisa estar preparada para qualquer problema, inclusive no que tange a atentados terroristas. Em Londres, na Olimpíada de 2012, por exemplo, foram instaladas baterias antiaéreas (!) contra possíveis ataques de mísseis (!!), em prédios residências (!!!) situados em bairros da cidade. Aqui, felizmente, o cenário é completamente diferente, por mais que a mídia e alguns setores queiram pintar um quadro alarmante. O Brasil nunca foi foco de ação terrorista por sua (falta de) postura nas áreas de comércio, política e economia exterior. A característica plural da nossa religião também nos descredencia a foco de ação de extremistas religiosos.. Já realizamos sem qualquer problema, mega eventos internacionais com grande "potencial de atentado", como a Copa do Mundo em 2014, a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a ECO 92, entre outros... A estratégia de amedrontar a população para "vender jornal" também encontra eco na oposição política à Prefeitura da Cidade, em função da eleição que se aproxima. Afinal, esvaziando-se o evento, diminui-se os louros do governo.

Em fim, é dever do estado proteger a cidade, seus cidadãos e turistas, durante a Olimpíada e em qualquer época do ano. Problemas acontecerão, como em toda grande cidade que recebe esse tipo de evento, mas não nos deixemos amedrontar por campanhas difamatórias orquestradas. Faremos uma Olimpíada inesquecível, como fizemos a Copa em 2014, consideradas por muitos, como a Copa das Copas. A Rio2016 será fantástica! Não se prive dessa experiência única.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Chegou o Mapa dos Maus Motoristas.

Um estudo inédito realizado pelo Núcleo de Dados do Jornal O Globo possibilitou o surgimento de um novo mapa na cidade: O mapa dos piores motoristas do Rio de Janeiro.



Durante quase um mês, o Núcleo analisou cerca de 2,8 milhões de infrações de trânsito aplicadas em 2015, obtidas junto ao Detran. Esse estudo permitiu pela primeira vez, o mapeamento das taxas de infrações para a frota de cada bairro. Infrações essas, que podem ter sido cometidas em qualquer lugar do Rio, mas que contaram negativamente para o local de moradia dos proprietários dos veículos.

Na Zona Sul, a infração com maior incidência foi a de estacionamento irregular. Segundo especialistas, a maioria das infrações é cometida nas proximidades dos locais onde os motoristas residem. O problema é certamente acentuado pela falta de espaço para estacionamentos e garagens na região.

Os bairros da Barra, Recreio, Vargem Grande, Camorim e Jacarepaguá têm as maiores taxas de multas por veículo (carros, motos e caminhões). O Recreio registrou 196 multas para cada 100 veículos. Uma taxa duas vezes maior que a de toda a cidade: 96. Nesses locais, as taxas de multas por excesso de velocidade e avanço de sinal lideram as ocorrências.

O assessor da presidência da CET-Rio, Ricardo Lemos, diz que a prefeitura tem feito diversas campanhas educativas nas escolas e pondera que a maioria das multas não são aplicadas por ausência de sinalização adequada na cidade. Na sua opinião, a questão está diretamente relacionada à característica viária dos bairros. Ainda segundo Ricardo, a meta da Prefeitura de reduzir em 15% a taxa de acidentes já foi superada, obtendo-se 25% de redução em relação a 2008.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Ampliação da Operação Segurança Presente na Zona Sul.

A Prefeitura do Rio estuda a possibilidade de ampliação da Operação Segurança Presente para os bairros de Botafogo e Copacabana. O programa de segurança pública reforça permanentemente o policiamento em algumas regiões da cidade, tendo sido implementado com sucesso nos bairros da Lagoa e do Flamengo, durante a gestão de Bruno Ramos à frente da Subprefeitura da Zona Sul. 


O projeto na Zona Sul é uma parceria do Sistema Fecomércio RJ com o poder público, contando com o apoio do Comando Militar do Leste, das secretarias municipais de Transportes, de Ordem Pública, de Conservação e de Desenvolvimento Social, além da Comlurb. Como parceiro investidor desse programa, o Sistema Fecomércio RJ vai investir R$ 44 milhões até 2017.

Iniciada em 1º de dezembro de 2015, a Operação Segurança Presente ultrapassou a marca de 1 mil presos no início desse ano. A maior parte das ocorrências é em decorrência da posse de drogas para consumo. Foram 670 prisões por posse e uso de entorpecentes, 22 por roubo, 55 por furto, 8 por tráfico de drogas, 28 por contravenção penal, 9 por receptação, 49 por exercício ilegal da profissão, entre outros crimes. Também foram conduzidas presas para a delegacia 23 pessoas que portavam armas brancas e quatro por porte de arma de fogo. Além das prisões em flagrante, foram capturados 67 foragidos da Justiça. Destes, 29 tinham mandado de prisão por roubo, 18 por furto, dois por homicídio, 10 por tráfico de drogas e oito por crimes diversos.


As ações contam atualmente com mais de 400 agentes, entre policiais militares da ativa e da reserva, com porte de armas letais, e agentes civis egressos das Forças Armadas, que portam armamento não letal. Para garantir a transparência das ações, além das abordagens serem filmadas, as equipes de segurança também são monitoradas por GPS. O reforço ocorre de segunda a sábado, das 6h às 22h, e domingos e feriados, das 7h às 19h. Os agentes utilizam coletes de identificação nas cores verde (Aterro) e laranja (Lagoa).

O programa tem o objetivo de coibir roubos e furtos, consumo e comércio de drogas, além de promover o ordenamento urbano nestas áreas. Além disso, a Operação Segurança Presente também realiza ações sociais como o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde que foi iniciada a operação, foram realizados 250 acolhimentos a moradores de rua, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Denúncias podem ser informadas pelos telefones: Disque Aterro Presente (98496-01140 e Disque Lagoa Presente (96500-5811). Trata-se de uma iniciativa que deu certo. Precisa de continuidade para além de 2017 e ampliação para outros bairros da região.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Estudante empreende empresa de lixo orgânico na região.

O jovem mineiro de Belo Horizonte e estudante de Engenharia Ambiental da UFRJ, Lucas Chiabi, de 24 anos, transformou, quem diria, seu diferente sonho de criança, em realidade na Zona Sul do Rio de Janeiro. Filho de um engenheiro civil da Vale e de uma psicóloga, Lucas sonhava em ser gari. Antes de chegar ao Rio, ainda criança, viveu em diversas cidades do país, passando por Carajás, no Pará, onde as suas maiores diversões na infância eram fazer pequenas construções de madeira, plantar mudas e encontrar “tesouros no lixo”.


Dessa última brincadeira veio a vocação para a criação da Ciclo Orgânico, empresa de coleta lixo em residências mediante o pagamento de mensalidade. O empreendimento atende atualmente residências em oito bairros: Leblon, Ipanema, Copacabana, Leme, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico e Gávea. O público-alvo da empresa são pessoas com consciência ecológica e preocupadas com sustentabilidade. Um segmento, infelizmente ainda reduzido, que se preocupa com o destino do seu lixo e o impacto deste no meio ambiente. Esse público, além da separação de materiais recicláveis, olha também para o outro tipo de lixo que produz: o orgânico. A Ciclo Orgânico atua neste campo específico, recolhendo e dando destino aos resíduos orgânicos, ou seja, o material de origem vegetal ou animal (como cascas de frutas, de legumes e restos de comida) produzidos pelas pessoas.


O processo é simples: após pagar uma matrícula, cada cliente recebe um baldinho, com capacidade de 10 litros, com um saco plástico biodegradável para depositar o resíduo orgânico – como fazemos normalmente com sacola de supermercado. Um dos funcionários pesa e recolhe este resíduo, semanalmente, e o transporta de bicicleta para um ponto onde é feita a compostagem. A compostagem consiste em misturar o resíduo orgânico à terra e ao resíduo mais antigo, alternando descanso e manejo, até que o material naturalmente se transforme em um adubo natural riquíssimo em nutrientes, também chamado de composto. Para manter esse serviço mensalmente, cada cliente paga uma mensalidade .

Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Lucas usa o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço. No fim do mês, o cliente da Ciclo Orgânico, além de ter a consciência de que seu lixo vai para um lugar adequado, ainda tem direito a recompensas: ele pode escolher receber uma muda ou o adubo de volta. Se não quiser, pode optar pela doação, e a Ciclo Orgânico destina o material para pequenos produtores e para o reflorestamento do Parque do Martelo. 


A Ciclo Orgânico tem enfrentado diversos desafios, como qualquer nova empresa de pequeno porte. Parte deles, consequências do sucesso: as oito composteiras estão ficando sobrecarregadas. Cada uma suporta 200 kg de resíduos, que são preenchidos em uma semana. É preciso remanejar os compostos, quando diminuem de volume, para que se abra espaço para novas cargas de resíduos. Lucas estuda a ampliação de composteiras no próprio parque e talvez em outros pontos da cidade, como em Botafogo, Tijuca, e Barra da Tijuca, a fim de ampliar a cobertura e ser capaz de atender também restaurantes. Para isso, pretende contratar mais funcionários para dar conta da demanda. A empresa está em busca de financiamento para expandir seus serviços e colaborar ainda mais com a qualidade de vida da população.   

Esse é o tipo de iniciativa que precisamos incentivar! Quem tiver mais interesse, contatos pelo email contato@cicloorganico.com.br. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

O que nos evidencia o novo índice de desenvolvimento socioambiental da região?

O novo índice de desenvolvimento socioambiental da cidade, desenvolvido pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e divulgado semana passada, surpreendeu muita gente por posicionar a Região Administrativa de Botafogo na liderança do ranking, batendo regiões tidas como mais ricas, como as RA’s da Lagoa (área da cidade de maior Índice de Desenvolvimento Humano) e Copacabana.


A RA de Botafogo, que inclui também os bairros do Catete, Cosme Velho, Flamengo, Glória, Humaitá, Laranjeiras e Urca, obteve o índice de IPS 86,90. Enquanto a RA da Lagoa, que abrande também os bairros de Gávea, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, São Conrado e Vidigal, ficou com IPS de 85,18. Já a RA de Copacabana, que também inclui o Leme e ficou na terceira colocada, obteve índice IPS de 82,49. Ambos estão bem à frente da média da cidade, que ficou em somente 60,70. A RA da Rocinha ficou na 29ª colocação e com índice abaixo da média do Rio, chegando a 44,60.

O índice IPS é abrangente e leva em consideração indicadores como mortalidade infantil, degradação de áreas verdes, mobilidade, entre outros. Porém, por trás desse “surpreendente” resultado, como fatores determinantes da primeira colocação de Botafogo, estão principalmente, indicadores relacionados à mobilidade urbana e favelização. Na RA primeira colocada, o metrô é mais abrangente e o transporte público mais eficaz. Além disso, e fundamentalmente, o processo das ocupações desordenadas afetaram menos a qualidade de vida da população na região. Essa ocupação não planejada pelo estado, em função da dificuldade de acesso à serviços como coleta de lixo e policiamento, acelera a favelização atrelada ao crescimento de fatores de insalubridade e violência, como o baixo acesso à água canalizada e esgoto sanitário, altas taxas de homicídios, incidência de dengue, mortalidade por tuberculose, etc.


Mais uma vez, a sociedade lança luz à permissividade do poder público, quando este não chama para si a responsabilidade de impedir essas ocupações, compactuando com o crescimento das nossas favelas sem a infraestrutura mínima necessária à vida da população.