sexta-feira, 29 de julho de 2016

Somos ou não somos? Eis a questão.

Nesses dias que antecedem a Rio2016, muito se fala, injustamente, sobre a nossa incapacidade de realizar grandes eventos internacionais. Para citarmos somente alguns mega eventos aqui realizados com excelência, lembramos da ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada com a presença dos chefes de estado dos países que integram a ONU. Citamos também a realização da Copa do Mundo de Futebol, realizada em 2014 e considerada por muitos especialistas como a “Copa das Copas”. E há exatos três anos, estávamos finalizando com maestria a realização da Jornada Mundial da Juventude, também na cidade do Rio de Janeiro.


Entre outros números faraônicos, o evento contou com mais de 3 milhões e meio de pessoas na Praia de Copacabana, no dia de encerramento, entre cariocas e peregrinos do Brasil e exterior. Ao longo daquela semana, as ruas da Zona Sul da Cidade receberam 9 milhões de pessoas para ver o Papa Francisco, segundo a estimativa dos organizadores. O evento também continha um elevado grau de risco de atentado, em função da presença do líder mundial da igreja católica. A Prefeitura do Rio de Janeiro, a subprefeitura da Zona Sul (sob liderança do então subprefeito Bruno Ramos), e todas as demais Secretarias da Cidade, conduziram a organização com a devida excelência, sem ocorrência de grandes problemas.

Problemas sempre ocorreram nesses grandes eventos internacionais. Alguém questionou a segurança da Copa América nos USA, mês passado, quando um homem exterminou 50 pessoas numa boate localizada em uma das sedes do Torneio? Algum atleta de ponta deixou de ir pra Euro, também realizada mês passado na França, mesmo diante do iminente risco de atentado e do massacre no Bataclan, ano passado? Algum atleta de ponta não foi pros últimos Jogos de Inverno em Sóchi (Rússia), em 2014, mesmo estando o país envolvido na absurda guerra com a Ucrânia e sob alto risco de atentado Checheno? Algum atleta de ponta boicotou os Jogos Olímpicos da China em 2008, em protesto às condições meteorológicas catastróficas que o país imputa ao mundo e aos frágeis direitos humanos locais? Alguém deixou de comparecer aos Jogos de Atlanta, em 1996, considerado o pior de todos os tempos, com atentando terrorista, caos no transporte e nas telecomunicações (sim, nos USA!). E as Olímpiadas de Londres 2012? O que dizer do caos no trãnsito e das baterias anti-mísseis contra terrorismo, instaladas em prédios residenciais?

Contra muitos céticos e críticos, tudo caminha para realizarmos uma Olimpíada inesquecível, para o Rio de Janeiro e o mundo esportivo. O Brasil não está fácil, longe disso, o nosso estado passa pela maior crise desse século, mas nada disso é culpa da Rio2016. Os legados poderiam ser maiores? Sim, como sempre, mas é muita miopia não enxergarmos os benéficos que ficarão, principalmente na área de mobilidade urbana e na revitalização do Porto. Sem falar nos avanços nos setores turístico e esportivo, e no dinheiro que aqui será deixado pelos turistas. 


Vamos deixar o nosso complexo de vira-lata de lado e contribuir para que o legado seja ainda maior, fazendo também deste evento, a “Olimpíada das Olimpíadas”. Quanto aos nossos inadiáveis problemas políticos, teremos mais uma oportunidade de começar a resolvê-los, em outubro, nas urnas.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Forças Armadas fazem os últimos ajustes antes da Rio2016.

Como de praxe em eventos Olímpicos, a 19 dias da abertura da Olimpíada do Rio, as Forças Armadas fizeram exercícios em toda a cidade, nos últimos preparativos para o esquema de segurança durante a competição.  Na Zona Sul, cerca de mil fuzileiros navais acertam até a próxima quarta (20/06), os últimos detalhes para o patrulhamento de pontos estratégicos. Até o dia 21 de julho, os homens vão ocupar diversos pontos entre São Conrado e o Caju. 



Uma das instalações transformada em área militar é a sede de Furnas, em Botafogo. De acordo com o contra-almirante Ricardo Henrique Santos do Pilar, comandante do Grupo-Tarefa Terrestre do Coordenador de Defesa Setorial (CDS) de Copacabana, o local é um ponto crucial para a segurança dos Jogos, pois abriga o Centro de Comando das operações de Furnas em todo o Brasil. Um grupo de 45 fuzileiros ocupará o complexo, onde localiza-se uma sala de comando da companhia, situada em um prédio projetado para resistir a terremotos, incêndios e explosões. Deste local, operadores controlam 40% da energia consumida no Brasil. Um centro de monitoramento com 200 câmeras também acompanha as instalações da empresa.

É claro que a segurança da Rio2016 precisa estar preparada para qualquer problema, inclusive no que tange a atentados terroristas. Em Londres, na Olimpíada de 2012, por exemplo, foram instaladas baterias antiaéreas (!) contra possíveis ataques de mísseis (!!), em prédios residências (!!!) situados em bairros da cidade. Aqui, felizmente, o cenário é completamente diferente, por mais que a mídia e alguns setores queiram pintar um quadro alarmante. O Brasil nunca foi foco de ação terrorista por sua (falta de) postura nas áreas de comércio, política e economia exterior. A característica plural da nossa religião também nos descredencia a foco de ação de extremistas religiosos.. Já realizamos sem qualquer problema, mega eventos internacionais com grande "potencial de atentado", como a Copa do Mundo em 2014, a Jornada Mundial da Juventude em 2013, a ECO 92, entre outros... A estratégia de amedrontar a população para "vender jornal" também encontra eco na oposição política à Prefeitura da Cidade, em função da eleição que se aproxima. Afinal, esvaziando-se o evento, diminui-se os louros do governo.

Em fim, é dever do estado proteger a cidade, seus cidadãos e turistas, durante a Olimpíada e em qualquer época do ano. Problemas acontecerão, como em toda grande cidade que recebe esse tipo de evento, mas não nos deixemos amedrontar por campanhas difamatórias orquestradas. Faremos uma Olimpíada inesquecível, como fizemos a Copa em 2014, consideradas por muitos, como a Copa das Copas. A Rio2016 será fantástica! Não se prive dessa experiência única.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Chegou o Mapa dos Maus Motoristas.

Um estudo inédito realizado pelo Núcleo de Dados do Jornal O Globo possibilitou o surgimento de um novo mapa na cidade: O mapa dos piores motoristas do Rio de Janeiro.



Durante quase um mês, o Núcleo analisou cerca de 2,8 milhões de infrações de trânsito aplicadas em 2015, obtidas junto ao Detran. Esse estudo permitiu pela primeira vez, o mapeamento das taxas de infrações para a frota de cada bairro. Infrações essas, que podem ter sido cometidas em qualquer lugar do Rio, mas que contaram negativamente para o local de moradia dos proprietários dos veículos.

Na Zona Sul, a infração com maior incidência foi a de estacionamento irregular. Segundo especialistas, a maioria das infrações é cometida nas proximidades dos locais onde os motoristas residem. O problema é certamente acentuado pela falta de espaço para estacionamentos e garagens na região.

Os bairros da Barra, Recreio, Vargem Grande, Camorim e Jacarepaguá têm as maiores taxas de multas por veículo (carros, motos e caminhões). O Recreio registrou 196 multas para cada 100 veículos. Uma taxa duas vezes maior que a de toda a cidade: 96. Nesses locais, as taxas de multas por excesso de velocidade e avanço de sinal lideram as ocorrências.

O assessor da presidência da CET-Rio, Ricardo Lemos, diz que a prefeitura tem feito diversas campanhas educativas nas escolas e pondera que a maioria das multas não são aplicadas por ausência de sinalização adequada na cidade. Na sua opinião, a questão está diretamente relacionada à característica viária dos bairros. Ainda segundo Ricardo, a meta da Prefeitura de reduzir em 15% a taxa de acidentes já foi superada, obtendo-se 25% de redução em relação a 2008.